segunda-feira, 20 de julho de 2009

Campo Grande/MS discute gratuidade no transporte

O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) volta a afirmar que somente a questão da gratuidade deve ser discutida com relação à tarifa do transporte coletivo na Capital. As discussões voltaram à pauta do prefeito – mesmo com a maioria população demonstrando-se insatisfeita com os atuais valores – após ordenação da promotora de Justiça Regina Dornte Broch, que já havia determinado prazo à Câmara de Vereadores e à Prefeitura para apresentação de um projeto de redução da tarifa; isso foi no dia 13 de junho. O valor da passagem na cidade é uma das mais caras do País. O aumento promovido em março fez o preço ir de R$ 2,30 para R$ 2,50 para pagamento em dinheiro e de R$ 2,10 para R$ 2,30 para quem utiliza o cartão eletrônico.

“Somente as gratuidades estão em discussão. Todas”. Nelsinho já tem em mente uma medida que pretende tomar com relação à gratuidade dos alunos da rede municipal de ensino; matrícula online também dos interessados em adquirir o passe do estudante. “Isso não é feito. É um equívoco que vai ser corrigido em 2010. Nós vamos identificar aluno por aluno. Vamos verificar qual é a escola que fica mais perto parra ele não precisar pegar ônibus para estudar”. Outra questão é quanto as demais gratuidades. Dados da Câmara Municipal apontam que 13 categorias não pagam passagem. "Todas serão revistas", diz Nelsinho, porém sem especificar qual será a 'revisão'.

O vereador Ayrton Saraiva, membro da comissão que trata o caso, disse, em entrevista anterior, que as diversas gratuidades que são pagas pelo estudante e policiais, por exemplo, seriam também um encargo para as empresas que fariam o custo ser alto.

Nelsinho não confirmou nenhuma reunião com a comissão de vereadores que cuida do caso marcada por enquanto ou para o retorno após o recesso na Câmara. “Quando a promotora chamar, nós vamos tomar as providências”, disse.

O diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) Rudel Trindade foi esquivo ao ser indagado pela reportagem do Capital News sobre a questão. “Não tem tantas novidades. A comissão vai analisar, nós vamos analisar. Só a questão da gratuidade é que precisa ser discutida.”

“O transporte coletivo em Campo Grande é muito oneroso. Se você for pensar na questão da integração, vale de certa forma. Mas, pagar R$ 2,50, ou R$ 2,30 no cartão, que seja, para andar daqui (frente da Prefeitura) ao Centro, ou pouco mais abaixo, não compensa. Outra questão é o tempo de uma hora para utilizar o cartão. Isso é pouco. Imagina aqueles ônibus em horário de pico, com a gurizada voltando ou indo para escola e o pessoal voltando ou indo para o trabalho. Assim uma hora é pouco, às vezes não se consegue entrar nos ônibus!”, diz a contadora Marlene Duailib, 49 anos.

Na semana passada, o vice-prefeito Edil Albuquerque e o diretor-presidente da Agetran Rudel Trindade entraram em um ônibus e disserem sentir na pele o que a população campo-grandense precisa. Mas, como lembra a cidadã Marlene – que afirma que utiliza os ônibus todos os dias –, “eles não entraram em horário de pico. Foram num dia tranquilo em que os alunos estão de férias e que não tinha muita gente voltando do trabalho. Tem entrar no dia-a-dia”.

Nelsinho em uma de suas entrevistas passadas sobre o valor da tarifa afirmou que a afirmação de que a tarifa do transporte coletivo na cidade seria alta demais de “leviana e imbecil”.

Fonte: Marcelo Eduardo / Capital News

Nenhum comentário:

Postar um comentário