• Um veículo está em teste no corredor que liga a zona Sul de São Paulo à zona Leste pelo ABC Paulista

O administrador de Contratos da Eletra, José Antônio do Nascimento, explica que o motor do trolebus de corrente contínua é feito quase artesanalmente, enquanto, com a tecnologia de corrente alternada, o motor pode ser feito em série. “Praticamente, usamos os mesmos conceitos de fabricação do motor a Diesel convencional, mas com a alimentação elétrica. Além disso, o eixo de tração, responsável por movimentar o veículo com a força fornecida pelo motor, pode ser o eixo de qualquer ônibus articulado nacional. Para o trolebus de corrente contínua, o eixo tinha de ser importado. Isso resulta no barateamento não só da aquisição dos trolebus, mas também da manutenção. Sem dúvida, é um avanço no setor, que estávamos estudando já há algum tempo”.
O site flagrou neste domingo, dia 27 de setembro, na Parada Paraíso, no Bairro Paraíso, em Santo André, o carro prefixo 7301 da Metra, empresa que faz a ligação entre São Matheus, na zona Leste da Capital Paulista, e Jabaquara, na zona Sul de São Paulo, pelos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema, no ABC Paulista. O Busscar Urbanuss Pluss Mercedes Benz foi um dos primeiros veículos fabricados pela Eletra, ainda na época da corrente contínua. O ônibus elétrico foi transformado para corrente alternada.
Outro avanço para os trolebus, segundo José Antônio do Nascimento. “Além da produção de trolebus com o sistema de alimentação de corrente alternada, a transformação dos trolebus mais antigos para este sistema é mais um avanço, pois significa que não dá para baratear somente os custos de manutenção de veículos novos, mas, a longo prazo, dos veículos que já estão rodando. Isso significa que a empresa que mantém este trolebus não vai perder dinheiro com ele, já que é possível transformá-lo” conta José Antônio do Nascimento. A transformação em vários casos pode ser interessante, pois o trolebus tem uma vida útil no mínimo duas vezes maior que do ônibus convencional.
Sendo assim, a empresa pode manter um carro por mais tempo e agora com manutenção menos cara. Mesmo com a corrente alternada, os custos dos trolebus ainda são maiores que dos ônibus a Diesel, mas com a inovação, a relação destes custos com os benefícios da vida útil maior, mais conforto para motoristas e passageiros e emissão de poluição zero torna-se vantajosa. Outro veículo, o prefixo 1900 da Viação Himalaia, que serve o Consórcio 4 Leste, de linha municipal da Capital Paulista, conta também com a tecnologia. “Até o momento, o trolebus com tração modificada, que roda pelo corredor da Metra (o que foi flagrado), não apresentou nenhum problema. O funcionamento está muito bom” – complementa José Antônio do Nascimento.
Diferentemente dos outros veículos da Metra, que são

José Antônio do Nascimento lembra que por mais limpo que seja atualmente o diesel, o biodiesel, o sistema elétrico híbrido, na questão de preservação do meio ambiente, ainda nada se compara ao velho trolebus ou ao ônibus que funciona a hidrogênio, que ainda precisa ser desenvolvido e barateado. “Os ganhos não só das empresas, mas da sociedade, com veículos que não agridem o meio ambiente, não produzem barulho excessivo e que oferecem conforto a quem o usa e para quem está do lado dele já justificaram maior atenção aos trolebus.
Com métodos de alimentação, fabricação e manutenção mais baratos, a questão dos veículos elétricos voltarem a compor o cenário urbano deve ser pensada com mais carinho ainda” A indústria está fazendo a parte dela. Mas é certo que os trolebus exigem, para funcionar plenamente, investimentos em redes aéreas melhores e em vias, segregadas ou não, com melhores condições, para evitar as quedas de pantógrafos (as alavancas que ligam os veículos aos fios). Mas especialistas em transportes e meio ambiente garantem que estes investimentos acabam sendo bem mais baixos que pos custos causados pelo stress do trânsito, pelo barulho e poluição do ar.
Texto e fotos: Adamo Bazani, busólogo que adora a história dos transportes, mas que sabe que o setor nunca pode perder o foco das inovações.
a gostei da ideia mas eu acho q o trolebus abandonados na av guido caloi poderiao estar rodando...
ResponderExcluirtbm concordo com o carlos os trolebus q rodavam em santo amaro estao hj apodrecendo na garagem da av guido caloi se esses trolebus fossem da emtu eles teriam mais utilidade a sociadade...
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