sábado, 13 de junho de 2009

Terceiro incêndio de ônibus faz motoristas protestarem por segurança em Porto Velho-RO

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Ônibus de Porto Velho (Sitetuperon) e o Sindicato dos Taxistas (Sintax) paralisaram o trânsito da avenida Sete de Setembro, por volta das 16h de sexta-feira (12) para reivindicar por segurança, tanto para o transporte público, quanto para os táxis da Capital. Faixas, carros de som e a carcaça do ônibus queimado na noite da última quinta-feira, puxado por guincho, chamaram a atenção da população e mobilizaram a Polícia Militar.

Segundo Márcio Paceli, presidente do Sitetuperon, este foi o terceiro veículo incendiado em via pública só este ano, e a categoria suspeita que os atentados tenham sido provocados pelos mototaxistas. “Segundo testemunhas deste último atentado, três homens pararam o ônibus, atiraram contra uma das portas e fecharam as saídas, prendendo o motorista, o cobrador e alguns passageiros que estavam dentro ônibus, para então incendiarem todo o veículo. As testemunhas viram quando três mototaxistas fardados apanharam os três homens e fugiram sem deixar mais pistas”, conta.

Francisco Ferreira dos Santos, presidente do Sintax, diz que a única solução para o caso é a proibição desse transporte. “Uma guerrinha política entre Governo do Estado e a Prefeitura nos deixa a mercê da ação desses vândalos”, dispara. O coronel da PM, Paulo César Figueiredo, coordenador adjunto regional, foi até o local da manifestação para negociar a liberação da via e marcou uma reunião com as duas categorias para as 9 horas desta segunda-feira, no Comando Geral da Polícia Militar. Ficou acertado ainda que as nove viaturas disponíveis do 1º Batalhão mais as oito patrulhas do 5° Batalhão revezarão o atendimento às ocorrências da cidade com os terminais de ônibus e pontos de risco.

Segundo o capitão Rone Herton, é possível manter os ônibus nas ruas durante este final de semana. “Nós vamos procurar atender, apesar do contingente reduzido. Ao invés de ficarmos parados na base quando não estivermos atendendo às ocorrências, vamos parar nos terminais e fazer a ronda nas linhas mais perigosas”, esclareceu.

Márcio Paceli e Francisco Ferreira alertaram que vão fiscalizar o trabalho da polícia. “Não temos garantia de que esse acordo será cumprido, portanto vamos passar em todos os terminais durante esta noite, até o final do expediente, para conferir se isso realmente vai acontecer. Caso contrário vamos paralisar as atividades, e infelizmente a população vai ficar sem transporte público”.

Fonte: Diário da Amazônia

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